Terça, 11 Dezembro 2018 13:03

MISSA DE SANTA BÁRBARA

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Estava acostumado a participar deste evento sagrado regendo o meu amado Coral Girassol, sempre convidado pra cantar as missas no Quartel dos Bombeiros, e ao final recebíamos a procissão com a imagem da santa, seguido do tradicional e delicioso caruru servido aos presentes.

Na última terça, quis participar literalmente do evento. E foi um momento fabuloso ver o cortejo da celebração sair da Igreja do Rosário dos Pretos, realizado com muita alegria, com músicas entoadas ao ritmo afoxé-ijexá.
Tudo com muito fervor e euforia ao som de atabaques, xequerês, agogô, no mais perfeito e autêntico ecumenismo.

1462 Santa Bárbara. nO canto de abertura em louvor a santa realizado em procissão saindo da igreja até o palco-altar no Largo do Pelourinho, com a participação, dos acólitos, do salmista e os leituristas, todos dançando e com alegria estampadas nos seus rostos. Até o celebrante, que mesmo de forma discreta fazia os mesmos movimentos de corpo sem nenhum constrangimento. Bem diferente, é claro, de uma celebração tradicional, onde todos entram com clara discrição.

Os momentos litúrgicos não diferem em nada. Desde o canto de entrada, o ato penitencial, mas sem o canto de louvor por ser período do Advento.
O restante é a mesma coisa. Com o Credo recitado, o Ofertório, o canto do Santo, o Cordeiro, até o canto final, quando o padre deu a Benção sem antes fazer referência aos candomblecistas presentes, promotores, incentivadores e participantes em grande maioria na festa da sua Iansã, no sincretismo, já que aquele templo foi construído pela irmandade de negros escravos alforriados.

Aí se inicia a procissão externa, que percorre parte do Centro Histórico.
Para mim foi uma experiência ímpar, que não pretendo deixar de estar presente nos anos vindouros.

Max Matos, prazerosamente dizendo tudo

Ler 1618 vezes Última modificação em Terça, 11 Dezembro 2018 13:23

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