Um problema que a população da nossa cidade continua enfrentando é a poluição sonora. Além dos excessos dos desastrados shows musicais que tiram o sono de muitos moradores, as autoridades públicas parece que fecham os olhos para a exagerada altura do som dos infernais carrinhos que vendem cafezinhos e cigarros. Sabemos que todos tem o direito de produzir pra sobreviver, mas esses equipamentos há muito vêm se proliferando negativamente marcados pela competição entre os seus donos que em função disso foram evoluindo cada qual procurando criar um modelo mais transado e com uma estressante potência de som que os fazem campeões de poluição sonora.
Os habitantes da Cidade mais barulhenta da América Latina (segundo a Organização Mundial de Saúde), sofrem passivamente magoando os seus tímpanos e com música de qualidade duvidosa desses "micro trios elétricos", que ao longo do tempo foram mudando quanto ao seu tamanho. O que era inicialmente pouco maior que uma mala de viajem, hoje já estão maiores que uma moto de grande porte, atrapalhando e cessando a paciência da população.
Até quando a população terá que suportar tanto mal estar? Aliás, eu não consigo entender porque em Salvador qualquer evento público ou não, a sonorização tem que ultrapassar os decibéis permitidos ao ponto dos próprios frequentadores não conseguirem conversar direito porque não podem ouvir um a voz do outro o que provoca um tremendo desconforto. No caso dos carrinhos de som a coisa é bem pior porque eles nos acompanham por onde andamos, incomodando e tirando a nossa concentração em plena via pública.
Max Matos, dizendo tudo.