Em setembro de 2011 quando da ocupação do Complexo do Alemão no Rio de Janeiro, o Estado reagiu impondo ao crime organizado uma derrota acachapante que todos lembram.
A sofrida população dos morros cariocas, vivia abandonada pelas autoridades desde o malfadado governo de Leonel Brizola, que por conveniências políticas evitava o confronto com os traficantes que assumiram as favelas impondo aos moradores longos anos de medo, ameaças, violências, submissões, condenações e execuções sumárias.
Em fevereiro de 2001, eu havia escrito na coluna Espaço do Leitor do jornal A Tarde sobre esse assunto, quando tachei o crime organizado de "poder paralelo", expressão hoje admitida, mas rechaçada na época quando recebi sérias criticas, inclusive de cariocas radicados aqui em Salvador. Naquele artigo, fui hilário quando falei do fuzil AR-15, a vedete da época, me referindo a ele como de "uso exclusivo dos traficantes", numa alusão irônica à expressão comumente usada para denominar as armas especiais e que servem as forças bem.
É claro que os efeitos colaterais da operação já eram esperados como; a fuga e migração dos bandidos para outros locais e até ultrapassando divisas, assim como a ação de maus policiais nas UPP's que num típico e costumeiro abuso de poder, causariam também alguns prejuízos aos decentes moradores.
Os conflitos após a ocupação entre a polícia e moradores, ainda acontecerão por um bom tempo, porque o poderoso e resistente “Polvo do Crime”, tem os seus sete longos e eficientes tentáculos prendendo toda a sociedade: Eles imobilizam as classes, alta, média, baixa e miserável. Mas tem o respaldo; Na Política, pois muitos parlamentares foram eleitos com apoio dos traficantes e estão lá a seus serviços. Na Justiça, através dos advogados que defendem o crime e se constituem em verdadeiros cúmplices dos bandidos. Tudo isso escancarado e constantemente mostrados nos noticiários.
Nessas ações o número de marginais abatidos pela polícia foi e ainda está sendo relativamente baixo. Não que eles não mereçam, mas isso evita que os oportunistas defensores dos "Direitos Humanos" aproveitem para aparecer como falsos humanos, que só defendem bandidos, mas que não aparecem quando as balas perdidas ceifam as vidas de crianças inocentes, cidadãos de bem e principalmente quando bons policiais são abatidos na defesa da sociedade, deixando viúvas e órfãos. Aí nenhum ativista dos Direitos Humanos, aparece.
Max Matos, dizendo tudo.