Antes do lançamento desta novela, houve até ameaça de processo contra a Globo sob a alegação de que teriam poucos atores negros no elenco. O que não se constatou desde quando um dos principais protagonistas é Fabrício Boliveira, ator negro, baiano e vivendo um personagem raro na TV que é um negro rico. Agora, alguns estão reclamando que a Bahia está sendo mostrada de forma pejorativa como antro de prostituição e drogas no que eu discordo, por entender que a proposta da novela não é exclusivamente retratar a Bahia.
Trata-se de mais uma trama desenvolvida como em outras novelas que a Globo já exibiu vividas em outros estados e que abordaram também, o homossexualismo, as drogas, o sexo, traições entre casais, corrupção e todas as mazelas da nossa sociedade como um todo. Até agora não vi nenhuma discriminação com o nosso povo e a nossa boa Terra.
Aliás, é a primeira vez que vejo o autêntico cotidiano de Salvador bem retratado. Com a nossa linguagem e gírias, nosso sotaque, nossa música, além da exposição de imagens da parte nobre de Salvador com suas ruas aprazíveis, prédios modernos dos bairros de Graça, Canela, Vitória e Ondina, tão bonitos quanto os de Rio, São Paulo, e não apenas aqueles lindos, porém já cansativos cartões postais como, Elevador Lacerda, Mercado Modelo, Farol da Barra e Pelourinho, que para o resto do Brasil fica parecendo que a Bahia é só isso, que não cresceu em arquitetura continuando como no tempo do Brasil colônia.
Max Matos, dizendo tudo.