Fiéis do mundo inteiro comemoram o que aconteceu em 31 de outubro de 1517, quando o teólogo alemão Martinho Lutero ousou romper com o catolicismo e seus dogmas, desafiando a Igreja Católica por discordar dos seus rígidos fundamentos que ele considerava abusivos, dando início à Reforma Protestante. Este acontecimento foi marcado também pelos pedidos de perdão pela Federação Luterana Mundial e pelo Vaticano, em razão da violência entre as partes através dos tempos.
Foi um movimento que mesmo provocando fortes reações veio trazer benefícios e modernidades propostas por Lutero como: A extinção da celebração das missas em latim pra que os fiéis entendessem o que os padres diziam. Ainda assim essa mudança só foi adotada no resto do mundo inclusive no Brasil há uns 50 anos, por aí. A venda de indulgências. Pois a Igreja cobrava dos fiéis, pagamento em dinheiro pela purificação dos pecados ainda em vida. E o celibatarismo dos padres que ele não aceitava, tanto que se casou-se logo depois. A Reforma Protestante exigia fidelidade total ao que dizem os evangelhos e por isso foi também chamada de evangélica, que com o decorrer dos anos deu origem a novas igrejas com denominações como, presbiterianas, luteranas e inúmeras outras até os dias de hoje.
Enfim, Lutero foi um revolucionário, que apesar de tudo não rompeu com a tradição e princípios cristãos. Era fiel às ideias do apóstolo Paulo do qual era um ferrenho seguidor. E a sua corajosa iniciativa, veio provar que nada é absoluto ou definitivo e que verdade nunca está apenas de um lado.
Sou católico convicto, mas sempre entendi e aceitei as reformas de Lutero mesmo sem segui-lo na íntegra, é claro. Mas sou adepto da convivência pacífica e cristã entre todas as religiões, sempre preservando a tolerância, que é também um princípio cristão. Não abro mão disso.
É a razão pela qual eu sou um ardoroso fã do Papa Francisco, que por sinal no ano passado participou na Suécia do lançamento das celebrações do 500º aniversário da Reforma, ao lado de vários protestantes, confirmando assim o seu espírito conciliador em benefício do entendimento da humanidade.
Max Matos, dizendo tudo.