O Grupo Fundamentalista Talibã havia forçado o fechamento de escolas particulares no Paquistão proibindo mulheres de estudar por ser privilégio apenas dos homens. Mas, uma adolescente chamada Malala Yousafzai, desobedeceu a louca proibição e quase paga com a vida. Foi atacada e baleada no crânio.
Operada, Malala sobreviveu e se tornou símbolo internacional da luta pelo direito das mulheres estudarem.
Mesmo ainda perseguida pelos radicais, Malala discursou na Assembléia da Nações Unidas - ONU, corajosamente voltou a afirmar que não será silenciada por terroristas. "Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas falharam. Pensaram que mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na minha vida e não vai mudar", disse Malala que tinha acabado de completar 16 anos, (hoje ela está com 19 e continua como ativista). Na concorrida cerimônia ela conseguiu um feito que poucos líderes mundiais conseguem que foi ser aplaudida de pé por todos integrantes do plenário.
Que o exemplo dessa menina seja ao menos admirado pelas nossas adolescentes brasileiras ainda distantes da crua realidade do mundo. E quando muito fazem é reclamar das dificuldades do país ainda que privilegiadas se comparadas a de países do Oriente Médio e da África. Imaginem se Malala ficasse em casa só de olho no celular nas abobrinhas e fotos expositivas no Facebook? Não teria sofrido este atentado, mas por outro lado não teria vivido essa experiência, não teria alcançado a glória universal e por conseguinte não teria ganho o tão cobiçado Prêmio Nobel.
O QUE É O TALIBÃ:
É um movimento fundamentalista islâmico que se difundiu no Paquistão e que governou o Afeganistão por cinco anos. O Talibã tem uma interpretação muito rígida dos textos islâmicos, incluindo proibição à cultura ocidental e a obrigação ao uso da burka pelas mulheres que são tratadas literalmente como objeto de uso e reprodução. Para defender os seus sagrados princípios, eles usam a força e a violência sem limites.
Max Matos, dizendo tudo.