Sou católico, e defendo a minha opção religiosa com amor e muita convicção, mas também com muita independência. Razão porque não me nego a enxergar e externar de forma respeitosa, coerente e democrática sobre algumas coisas que discordo. São coisas que me deixam indignado porque nos fazem ficar em desvantagem com as outras igrejas diferentes em profissão de fé. Apesar das pesquisas não nos serem favoráveis, não digo que estamos perdendo fiéis, porque também ganhamos novos adeptos a cada dia.
E aí eu cito como um dos exemplos deste ganho, o carismático Padre Marcelo Rossi, que com o seu estilo inovador e corajoso, contribuiu muito, revolucionando a imagem da missa, ao conseguir colocar milhares de pessoas semanalmente num mesmo espaço para assisti-la. Privilégio até então alcançado apenas por uma Igreja, das chamadas evangélicas.
Igrejas.
O preâmbulo é para dar suporte a uma dessas coisas da nossa igreja que considero inadmissíveis. Se não, vejamos: Se somos todos iguais perante Deus, se temos direito ao mesmo tratamento, se nenhum de nós pode ser impedido de adentrar aos nossos templos de culto para exercitarmos a nossa fé quer sejamos pobres ou ricos, negros ou brancos, perfeitos de mente ou de idéias, porque então os cadeirantes ficam impedidos de orar dentro das igrejas? Não que as igrejas os proíbam. Mas não lhes facilitam o acesso. Se os cadeirantes são deficientes físicos, nós estamos sendo verdadeiros deficientes de consciência por permiti-los passar por essa verdadeira Via Crucis que estes também fiéis, enfrentam para assistirem suas missas nas igrejas, sejam elas próximas ou não das suas residências, onde na sua maioria não possuem rampas para uma melhor mobilidade das cadeiras de rodas. A Rampa após muitos anos a Igreja de Santana aqui em Nazaré, lembrou que os cadeirantes também são fiéis e não podem ser dispensados das missas, e instalou uma rampa de estrutura metálica na lateral do templo para uso dos fisicamente menos perfeitos.
A nossa Arquidiocese é composta por religiosos sensíveis e inteligentes e com certeza eles já perceberam essa carência. Mas ao que parece, ainda não pode ser posta em prática a busca da solução. Poderia ser por exemplo; a promoção de uma campanha para recolher fundos em prol da construção ou instalação de rampas. Isso traria a felicidade de muitos que até então estão sendo involuntariamente esquecidos, e sentindo-se até como católicos de segunda classe.
Tenho certeza que essa iniciativa encontraria apoio dos fiéis e freqüentadores, já que a lei municipal que trata desse assunto é bastante abrangente, mas não específica para este fim.
Max Matos, dizendo tudo