Muitos não sabem, e como já se passaram mais de 35 anos, nem quem sabe quer lembrar. Mas na verdade o governo de Leonel Brizola em 1983 foi fundamental para o crescimento das facções criminosas no Rio de Janeiro. Com o seu estilo demagogo, Brizola praticamente liberou as ações do crime, quando, diante de incursões policiais desastrosas nos morros, numa atitude populista, proibiu qualquer tipo de ação policial nas favelas que ficaram literalmente blindadas como locais onde o poder público ficou impedido de exercer qualquer vigilância. Disse ele em discurso inflamado: “No meu governo, polícia não sobe em morro e não entra em favela”.
E assim foi por oito anos de ausência absoluta do Estado nesses lugares. Com isso, o senhor Brizola favoreceu a consolidação dos criminosos nos seus quartéis-generais. Aí, Como o único lugar onde não havia presença da polícia, lá se firmou como zona franca do crime. Os bandidos assaltavam e matavam no asfalto e se abrigavam no único lugar seguro que era na própria casa. E lá não eram perseguidos.
Os anos foram passando, o crime se desenvolvendo, exportando armas modernas que a polícia não dispunha e a coisa chegou onde está. Poder total dos traficantes que evoluíram de tal forma que comandam as barbaridades de dentro dos presídios, coisa inédita no mundo, onde nenhum macho, desses cheios de discursos vazios, consegue impedir a absurda comunicação via aparelhos celulares. Não tem bloqueio que dê jeito, pois os próprios advogados são na verdade cúmplices. E ninguém faz porra nenhuma.
Max Matos, dizendo tudo.