É irritante quando lemos uma matéria ou assistimos a uma entrevista na TV e que ficamos sem entender totalmente as respostas do entrevistado.
É que cada profissional fala direcionando-se exclusivamente a sua própria classe, e não para o público em geral como deveria. Assim são, os advogados, os médicos, professores, empresários e até os políticos.
Os jornalistas também não são diferentes. Fiéis ao formato redacional que aprenderam na faculdade e crentes que estão agradando, usam suas analogias, metáforas, expressões e vernáculos incomuns e acabam não sendo entendidos pelos leitores, porque muitas vezes até por exibicionismo radicalizam no uso da linguagem formal, e isso é um saco. O leitor as vezes precisa até do auxílio de um dicionário para entender o que é dito ou escrito.
Também as pessoas comuns, de um modo geral, quando são abordadas nas ruas por uma equipe de TV ou quando falam publicamente, se focam nas suas classes socioculturais, ficam preocupadas em serem criticadas, acabam não sendo entendidas deixando de atingir o objetivo principal e as vezes até se perdem.
O mais autêntico mesmo é o povão semi-analfabeto, que não tem compromisso com ninguém, e soltando as suas pérolas; “nós vai”...nós pode”, ..."a gente vamos", acabam sendo entendidos por todos.
Estas pessoas são as mais felizes porque não são atingidas pelo mal da vaidade, da individualidade, da satisfação a terceiros e da insuportável, hipocrisia.
Max Matos, dizendo tudo.