Quarta, 30 Setembro 2020 14:54

MÊS DA BÍBLIA: JESUS E O CENTURIÃO. (Mateus 8, 5-17)

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De todas as passagens bíblicas, esta é a que mais me toca e emociona:
Jesus com os seus seguidores, havia chegado a pequena cidade de Cafarnaum que ficava ao lado do Mar da Galiléia, e numa modesta pracinha ele parou e sentou-se para descansar. De repente houve um alvoroço com a proximidade de um centurião (oficial do exército romano). Todos pensaram que haveria violência ou que ele prenderia Jesus, já que naquela época ele era malquisto aos poderosos porque contrariava as leis romanas. Mas para surpresa de todos, o oficial humildemente e aflito se dirigiu a Jesus e falou que, o seu criado, que ele tanto amava, estava à beira da morte. Jesus se prontificou a ir até a casa dele, mas foi imediatamente interrompido pelo centurião que lhe respondeu que não precisava, bastava que Jesus lhe dissesse apenas uma palavra e ele teria certeza que o seu criado se salvaria.

Jesus olhou para os presentes e disse que ainda não tinha visto tamanha prova de fé no povo de Israel. Virou-se para o oficial e disse-lhe: “Volte pra casa e comemore o restabelecimento do seu criado, porque sua fé o salvou”.
O homem agradecido e emocionado retornou pra casa e encontrou o seu criado já de pé e com todo vigor.
Esse momento tão marcante foi incorporado pela igreja a ser recitado nas missas no momento que antecede a Comunhão, quando o celebrante ergue a hóstia consagrada partida e diz: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, e a assembleia responde: “Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo”.

Como disse, é o momento bíblico que mais me toca, quando falo, dificilmente não embargo a voz. E no momento na celebração fico de pé, ergo a palma da mão direita em direção a hóstia, a mão esquerda ao peito e emocionado repito esta frase.

Talvez muitos não saibam que o oficial não queria que Jesus fosse à sua casa porque ele era acima de tudo um soldado, cumpria ordens, e como Jesus era um homem procurado pela Justiça romana, ele temia ser involuntariamente ingrato, pois logo em seguida poderia receber ordens pra prender o homem que salvara a vida do seu criado, e tinha que fazê-lo.

Aquele eterno momento reuniu três coisas: HUMILDADE, FÉ e PODER.
Humildade é fé que motivou a atitude corajosa do oficial romano.
E o grande PODER de Jesus.

*A foto ilustrativa, é da cena de "Jesus de Nazaré", filme de Franco Zeffirelli, e o que melhor retratou a vida de Cristo. O ator inglês, Robert Powell, viveu Jesus, e o americano Ernest Borgnine, foi o centurião.

Max Matos, com muita fé, dizendo tudo.

Ler 2484 vezes Última modificação em Terça, 06 Outubro 2020 14:52

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