Max Matos
Dia das Crianças? Mas não de todas.
É interessante lembrarmos que este dia é apenas das crianças privilegiadas, aquelas que têm ao menos um lar, que têm uma família por menos agregada que possa ser.
Nós privilegiados, quando ouvimos falar neste dia, lembramos logo dos shoppings, dos presentes, das crianças felizes e saudáveis, bem alimentadas, que estudam, que brincam e se divertem em ambientes bonitos e cuidadosamente bem planejados, as chamadas bonitas, padrão comerciais de TV.
Dificilmente lembramos das que vivem nas ruas sob os viadutos, que sofrem com a nossa desconfiança, indiferença e o nosso individualismo anticristão. Penam nas calçadas da vida convivendo com o medo da sociedade diante da violência que assola o mundo e sentindo na pele todo tipo intolerância. Dados estatísticos de quantas crianças são agredidas, abusadas por pedófilos, muitas molestadas pelos próprios pais e quantas são assassinadas a cada no país? ...Isso não nos chama muito atenção. E quando tomamos conhecimentos de casos escabrosos vitimando crianças, sempre imaginamos ser mais um caso comum, e nos comovemos, sentimos pena, revolta, indignação, mas no dia seguinte já esquecemos.
Há vinte anos escrevi na coluna Espaço do Leitor do jornal A Tarde, um texto alertando para que corrigíssemos aquela imperdoável falha, há tempo, porque algum dia aquilo iria nos causar uma dor inaliviável e hoje me choca constatar que este dia não demorou muito a chegar.
Max Matos, dizendo tudo.
Livro: Uma história do samba - as origens (Lira Neto)
Pra quem ainda tinha dúvida:
"O samba carioca nasceu no início do século XX a partir da gradativa adaptação do samba rural do RECÔNCAVO BAIANO ao ambiente urbano da então capital federal".
É o que afirma Lira Neto, escritor, jornalista, historiador e especializado em biografias, neste que é o seu mais recente livro.
Paulo da Portela, Heitor dos Prazeres, Gilberto Alves, Bide e Armando Marçal: Geração que viu o samba sair, da marginalidade para o sucesso. Antes disso era desprezivelmente tratado como, música promíscua, coisa de nêgo e outros deprimentes adjetivos.
Max Matos, dizendo tudo.
Alerta! General adverte senador que falou o que não devia
O general Paulo Chagas advertiu severamente o senador Randolfe Rodriques por ele ter chamado o general Mourão de maluco, por este ter admitido a hipótese de uma intervenção militar diante dos desmandos que acontecem na nossa política em detrimento da nação e do seu povo, assim como compremetimento da imagem do país no exterior.
Venho dizendo há muito tempo que, "já vi e vivi este filme". E ele não demora a ser re-exibido.
Esses homens de Brasília, se perderam nos abusos. Não conseguem se controlar mais nos seus cegos e gananciosos desejos de auferir pra si o que desejam através do desmedido e já descontrolado caminho da corrupção. Ao ponto de não respeitarem mais o povo e nem se sensibilizarem com os seus sentimentos. Isso faz com que eles não consigam enxergar o perigo que também correm com uma possível e inédita reação popular como eu insinuo, "A Queda da Bastilha está logo alí".
Ou, com a hipótese que eu acho mais provável que é a intervenção militar. É uma questão de tempo. Falo isso com pesar, pois não sei das consequências e desdobramentos que com certeza não serão nada agradáveis pra nós cidadãos, nossos filhos e netos. O certo é que, como está é que não pode ficar.
Max Matos, dizendo tudo.
Ruas feias e esquecidas da Cidade
O governo do estado, que peca com a baixaria em alardear as suas obras chamadas "Tamanho G", numa clara insinuação à baixa estatura do prefeito ACM Neto, por outro lado merece aplausos pelas intervenções em áreas feias da Cidade, que sempre foram discriminadas e que mesmo sendo obrigação dos administradores realizar, ainda assim nenhum prefeito até então quis intervir, que são as ruas do, São Miguel, Gravatá, Fonte do Gravatá, e Rua do Tingui.
É uma iniciativa de louvor, pois mexe com o aumento da auto estima dos sofridos moradores desta região, sempre vistos como cidadãos de segunda classe, e cujo voto sempre foi desprezado, pois eu nunca ví nenhum candidato fazer campanha por lá.
Max Matos, dizendo tudo.
Cura Gay
Juiz libera o tratamento aos psicólogos e acende um debate de pouco sentido.
Ora, se o tratamento não é obrigatório, então porque a polêmica? Fariam o referido tratamento apenas aquelas pessoas que estão insatisfeitas em serem gays. E isso existe.
Intolerância, seja ela qual for é inadmissível no mundo atual, mas o caminho pra combatê-la também não é a vitimização, mas sim argumentos e ações plausíveis e objetivas.
Exemplo: No caso dos Trans, um psicólogo defensor da causa gay, disse numa entrevista na TV que, ninguém tem culpa de ter nascido com um sexo que lhe foi imposto. Mas imposto por quem? Como ele não pôde culpar a natureza rsrs, deixou no ar uma insinuação hipotética de que a culpa é da sociedade, o que seria uma estúpida e completa insensatez.
Desta forma não se chegará nunca a um consenso.
http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/juiz-concede-liminar-que-permite-aplicacao-de-cura-gay-por-psicologos/
Max Matos, dizendo tudo.
Caruru não é mais o mesmo e ainda sofre intolerância religiosa
Criado pelos negros africanos no Brasil, o caruru era usado como comida de ritual do candomblé oferecido aos orixás, acompanhado de vatapá, efó, feijão preto, feijão fradinho, mugunzá, arroz doce, camarão, farofa de azeite, pedaços de acarajé, abará e de frango. Até hoje. Mas quando se trata de pagamento de promessas (o chamado caruru de preceito), acompanha ainda; pedaços de cana, a rapadura e a pipoca, regados ao aruá, ou aluá (há controvérsias sobre o verdadeiro nome) que é uma espécie de refresco feito com a casca da cana). E aí como abertura e "pedido de licença", se convida sete meninos que numa cumbuca grande, comem juntos e com as mãos.
Quando menino, não perdia um caruru e antes de comer tínhamos que controlar a ansiedade obedecendo um ritual, cantando uma música cuja letra dizia: "Vamos levantar o Cruzeiro de Jesus, no céu, no céu, no céu a Santa Cruz", e nesse ínterim enquanto levantávamos e abaixávamos a cumbuca seguidas vezes. Só depois é que começávamos a comer. Inicialmente com muita disciplina. Mas no decorrer, a ansiedade levava alguns a acelerarem e os outros o seguiam para não comerem menos.
Aí acabava sempre em agitação. Por isso era conhecido também como caruru da balbúrdia.. Era assim no meu tempo de criança.
Mas hoje caiu muito, e uma das razões é que a maioria das pessoas humildes de bairros periféricos obedecem cegamente os fundamentos ensinados nas igrejas evangélicas que consideram o caruru, o acarajé e o abará como coisas ligadas ao satanás. kkkkkk
Na adolescência, continuei comendo caruru em qualquer lugar que me chamassem sem perguntar onde seria. Chegava ao ponto de, junto com a turma, pegarmos um ônibus pra ir ao local, e só me lembrava até ai, pois após deliciarmos a saborosa comida voltávamos pra casa e no outro dia eu nem sabia dizer qual o lugar, nem que bairro, nem nada.
Infelizmente o tempo se incumbiu de mudar toda essa cultura ficando apenas a saudade.
Max Matos, dizendo tudo.
O homem do caixão em pé
Era década de 60, mais ou menos no início. Uma cena esquisita era presenciada constantemente pela população de Salvador. Um homem de físico franzino, extasiava a todos caminhando pelas modestas ruas fazendo o seu trabalho. Seu nome, ninguém sabe informar até hoje. Mas para conduzir a leitura, vou chamá-lo aqui de, “João, O homem do caixão em pé”.
João trabalhava para uma das funerárias que prestavam serviço à população mais pobre e que não podia pagar um carreto para trazer o popular “porta defunto” até a casa do falecido para a cerimônia do velório. É que nos dias de hoje, os velórios são realizados no cemitério, mas naquela época a cerimônia acontecia na própria casa do morto, e após uma noite de sentimentos demonstrados com chororôs e desmaios, o féretro saía com o pequeno cortejo seguindo a pé, até o cemitério que geralmente era o das Quintas dos Lázaros.
Eu era garoto e morava no bairro do Tororó, não sabia ao certo onde era a funerária, mas como ele surgia sempre do final de linha, era provável que seria, ou na Avenida Vasco da Gama ou no bairro do Garcia.
Como um profissional de personalidade, João cumpria a sua honrosa obrigação de maneira e forma própria. A grande diferença na condução do “envelope de madeira” até o local do velório, era que João, de pés descalços, o conduzia na cabeça. Até aí tudo bem, não seria nenhuma novidade. O inusitado era que ele equilibrava o caixão na cabeça, mas em posição vertical, e nunca se teve notícia de que ele o tivesse deixado cair.
Era dessa forma que João ganhava o pão de cada dia. Se era também por exibicionismo, não sei. O certo é que ele atraía a atenção de todos e de certa forma contribuía para aliviar um pouco aquele sentimento repugnante que atinge a todos nós quando vemos um caixão funerário, que hoje, bem mais delineado e em madeira envernizada, tem um formato menos chocante que antigamente.
Não me lembro se algum jornal fez matéria sobre isso. Eu sempre quis escrever sobre "O homem do caixão em pé”, mas sem uma ilustração, talvez não oferecesse muita credibilidade. Por isso, quando me enviaram essa foto, fiquei num entusiasmo só.
Agora, para vocês que vieram ao mundo pós aquela saudosa época, e para aqueloutros que testemunharam, ou até nem lembravam mais, está aí a prova, para que conheçam ou relembrem dessa figura folclórica, integrante do quadro das coisas típicas e exclusivas desta nossa querida Bahia, diferente, mágica e que tanto nos orgulha.
Max Matos, dizendo tudo.
* Esse saudoso testemunho está no meu livro, que será lançado em breve. Com fé em Deus.
Excesso de tolerância
Continuo achando o juiz Sergio Moro muito paciente com Lula nos depoimentos. Continua o tratando de "ex-presidente" quando deveria ser simplesmente, "Senhor Lula". Porque este tratamento zeloso e diferenciado dos demais?
Se deixar o molusco a vontade ele vai querer dominar a audiência como ousou fazê-lo (e aí é que foi repreendido por Moro) tratando a procuradora do Ministério Público de "querida" como se a conhecesse ou estivesse numa reunião informal do seu partido.
Não costumo alegar o seu precário principio escolar, pois ele é inteligente e a vida ativa lhe ensinou a conviver e lidar com todos os níveis culturais.
Ele apenas usa isso propositadamente para tirar proveito, também porque é raivoso e está em pleno "gozo" do seu inafastável desespero.
Max Matos, dizendo tudo.
Os maus hábitos que a TV nos passa
A TV brasileira nos passa muitos hábitos deseducados como; Deitar-se na cama sem tirar os sapatos, ou sentar-se no sofá colocando os pés calçados sobre o assento, coisa muito comum até em alguns entrevistados que querem mostrar descontração e sentam-se sobre a poltrona com as pernas cruzadas de forma indiana.
Estas coisas nada mais é do que uma ridícula dependência cultural mal copiada dos filmes americanos, e é no mínimo uma falta de higiene, além de um péssimo exemplo para as crianças tão carentes de bons costumes.
Ainda bem que esse burlesco modelo, não parece ser aceito pelo público. Pois nenhuma dona de casa brasileira, seja dondoca milionária ou uma humilde moradora de um barraco, admite este absurdo em sua casa.
E que ninguém se engane pensando que a família americana pratica essa aberração. Quem conhece e já conviveu comprova. Isso é vendido para o mundo simplesmente como clichê cinematográfico usado apenas nos filmes. Só que uma insistente exposição deste tipo, contribui para a degradação comportamental da nossa já tão combalida sociedade.
Max Matos, dizendo tudo.
Gênero é biologia e nunca Ideologia
Condeno e desprezo esta proposta doentia e antinatural. Este diabólico e irresponsável experimento que covardemente e de forma injusta fazem seus "inventores" insinuarem como homofóbicos todas aquelas pessoas de bom senso que não concordam com esta neurótica, egoísta, radical, anticristã e desprezível imposição.
Crianças nascem com seus órgãos sexuais compatíveis com os seus gêneros. Como pode uma "lei" mudar o que a natureza criou.
Mudança de comportamento após crescer é outra coisa, é uma decisão pessoal do indivíduo e um direito.
Não pode é ser uma coisa imposta por uma malfadada lei oriunda da cabeça desvairada de um idiota qualquer.
Max Matos, dizendo tudo.
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